Nesta quinta-feira, 10 de abril, o governo Murilo Félix completa oficialmente seus 100 primeiros dias à frente da Prefeitura de Limeira. O início de mandato foi marcado por um clima tenso e cheio de desafios, começando com o impacto do anúncio de uma grave crise financeira, supostamente deixada pelo ex-prefeito Mario Botion — que, segundo Murilo, foi um dos responsáveis pelos problemas herdados. Curiosamente, Botion apoiou Murilo no segundo turno, como relembrou o presidente da Câmara em entrevista recente a uma rádio local.
Apesar dos percalços, Murilo Félix vem tentando passar por esses primeiros meses com algumas vitórias. Entre os principais acertos, estão:
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Vistorias e retomadas de obras importantes para a mobilidade urbana;
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Cancelamento do contrato com a antiga agência de publicidade, com promessa de futura redistribuição igualitária das verbas de mídia, uma pauta que já gerou diversos escândalos em gestões anteriores;
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Utilização das redes sociais oficiais como canal direto de comunicação.
No entanto, os erros e pontos críticos também se acumulam:
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Falta de diálogo com os servidores públicos, que somam quase 7 mil funcionários municipais e não se sentiram ouvidos neste início de gestão. O impacto disso pode ser sentido nas eleições de 2026 e 2028;
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Falta de alcance da comunicação institucional, que privilegia redes sociais como o Instagram, muitas vezes inacessíveis para parte da população — como a "Dona Maria" citada no senso comum;
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Relação delicada com a imprensa local: enquanto participa de programas que outrora o criticaram, evita os canais que apenas noticiam com neutralidade. Essa estratégia de "dois pesos e duas medidas" pode comprometer a imagem de imparcialidade e transparência do governo.
Em resumo, Murilo Félix tem mostrado iniciativa em algumas frentes, mas ainda precisa ajustar falhas de comunicação, ampliar o diálogo institucional e equilibrar relações políticas para construir um governo mais participativo e coeso. Potencial existe, mas será necessário ouvir mais e se fechar menos para avançar com força até o fim do mandato.
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