Na mesma decisão, a juíza Sandra Sallete da Silva, da Vara Criminal, de Execuções Penais e da Infância e Juventude da Comarca de Lagoa Santa, negou o pedido feito pela Polícia Civil para que a mulher fosse presa preventivamente.

"Não há notícias nos autos de que a acusada tenha dado sequência à prática dos crimes em face da vítima, tampouco que tenha tentado fugir ou se esquivar da responsabilidade penal. Ademais, a acusada é primária e não registra antecedentes criminais", diz um trecho da decisão, publicada nesta sexta-feira (1º).

Fabiana tinha sido indiciada pela Polícia Civil por extorsão e perseguição em agosto. A instituição começou a investigar o caso em junho, quando um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa da mulher no bairro Céu Azul, na Região de Venda Nova, em Belo Horizonte.

Fabiana negou os crimes, disse que tinha um caso com o jogador havia dois anos e que ele prometia se separar para casar com ela. Já a Polícia Civil afirmou que a suspeita confessou o delito em depoimento.

Segundo a instituição, prints de conversas por aplicativo mostram "certas ameaças e a exigência de valores" para que o relacionamento não se tornasse público.

Em nota, o advogado André Vartuli, responsável pela defesa de Fabiana, afirmou que, com a aceitação da denúncia, terá "a oportunidade inédita de contestar todas as acusações indevidas feitas".