Após passar os primeiros 100 dias de mandato alegando uma grave crise financeira em Limeira, o prefeito Murilo Felix surpreendeu ao anunciar, na recente reforma administrativa, a criação de cinco novas secretarias municipais. A decisão causou forte reação da população, especialmente nas redes sociais, onde críticas e questionamentos à coerência da gestão ganharam força.
Cada nova secretaria deverá ter um titular com salário estimado em mais de R$ 23 mil mensais, elevando o custo anual da folha de pagamento em mais de R$ 1 milhão apenas com os cargos de secretário. Para muitos moradores, a medida contradiz o discurso de austeridade adotado até então pelo chefe do Executivo limeirense.
Desde o início da gestão, Murilo Felix vinha destacando publicamente os desafios financeiros enfrentados pela cidade. No entanto, a criação dos novos cargos de alto escalão gerou dúvidas sobre as reais intenções da administração e abriu espaço para críticas quanto à transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.
A revolta popular não demorou a aparecer. Diversas postagens nas redes sociais acusam o prefeito de usar o discurso de crise como “balão de ensaio” para justificar cortes e contenções em áreas sensíveis, enquanto ao mesmo tempo promove um inchaço na máquina pública.
Até o momento, a Prefeitura não apresentou um detalhamento técnico ou justificativa detalhada para a criação das novas pastas, tampouco esclareceu quais áreas específicas serão contempladas ou como elas contribuirão para a melhoria da gestão municipal.
A atitude do prefeito eleito reacende debates sobre a responsabilidade fiscal e a necessidade de maior participação popular nas decisões que afetam diretamente o orçamento da cidade.
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