O Ministério Público de São Paulo colocou novamente Cordeirópolis no centro das atenções ao aprofundar as investigações sobre possíveis irregularidades em um processo licitatório realizado em 2017. O ex-prefeito José Adinan Ortolan (MDB) e o empresário André Gonçalves Mariano, dono da Life Educacional — e um dos presos na recente “Operação Coffee Break” — estão entre os investigados no Inquérito Civil instaurado em abril de 2019, que apura suspeita de fraude e dano ao erário.
A investigação se refere ao Pregão 27/2017, que resultou na contratação da empresa Acruxx Soluções Inteligentes para prestação de serviços na área de tecnologia educacional. O contrato vigorou durante a gestão de Ortolan, entre 2017 e 2021, período em que o Tribunal de Contas aponta empenhos que somam quase R$ 1,6 milhão pagos pela Prefeitura de Cordeirópolis à empresa.
Histórico de suspeitas e conexões com outras cidades
Muito antes de aparecer no noticiário nacional com a deflagração da “Operação Coffee Break”, a Life Tecnologia Educacional já figurava em denúncias envolvendo prefeituras paulistas. A empresa, atualmente investigada por desvios milionários na venda de livros didáticos para Hortolândia, Limeira, Morungaba e Sumaré, também foi citada como parceira da Acruxx em 2018.
Naquele ano, as duas empresas atuaram juntas em licitações consideradas suspeitas em Cordeirópolis, Mococa e Bom Jesus dos Perdões. Nos três casos, o objeto licitado era semelhante, alimentando a suspeita de que os editais poderiam ter sido elaborados pelas próprias empresas, prática considerada irregular e prejudicial à competitividade.
O foco atual do Ministério Público
Com a abertura do Inquérito Civil 0243.0000369/2018, o MP busca esclarecer se houve direcionamento do Pregão 27/2017 e se a atuação das empresas causou prejuízo aos cofres públicos. A investigação mira não apenas o ex-prefeito Ortolan e o empresário André Gonçalves, mas também:
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Acruxx Soluções Inteligentes
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Life Tecnologia Educacional
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Ricardo Augusto Martignago
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Outros agentes vinculados ao processo licitatório
O caso ganha relevância justamente no momento em que a “Operação Coffee Break” expõe um suposto esquema de superfaturamento de contratos públicos e pagamento de propina envolvendo municípios e fornecedores da área de educação — ampliando os questionamentos sobre a atuação dessas empresas em diferentes cidades paulistas.
As investigações seguem em andamento, e novas diligências podem ser realizadas nos próximos meses para esclarecer a extensão das irregularidades e possíveis responsabilidades dos envolvidos.
AS INFORMAÇÕES SÃO DO PORTAL RC8:32

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