Na sessão extraordinária desta terça-feira, 6 de fevereiro, a Câmara Municipal de Limeira discutiu o caso de repercussão nacional envolvendo o vereador Sidney Pascotto (PSC), conhecido como Lemão da Jeová Rafá. O parlamentar foi acusado de impedir um jovem negro e pobre de discursar durante uma sessão ordinária, gerando indignação na comunidade.
Surpreendentemente, a maioria dos vereadores votou contra a perda temporária do exercício do mandato por 30 dias, dispensando o vereador da penalidade. A decisão contrária à suspensão foi recebida com descontentamento pelos moradores da cidade, que expressaram sua indignação nas redes sociais. "Eles só pensam no deles", declarou Maria Suzanne, refletindo a frustração da comunidade diante do ocorrido.
A votação nominal contou com 13 vereadores contrários à perda temporária do mandato e três favoráveis. Entre os que votaram contra a suspensão estão Airton do Vitório Lucato (PL), Anderson Pereira (PSDB), Constância Félix (PDT), Elias Barbosa (Podemos), Ceará (Republicanos), Helder do Táxi (MDB), Jorge de Freitas (PSD), Ju Negão (PV), Dr. Júlio (União Brasil), Lu Bogo (PL), Marco Xavier (Cidadania), Nilton Santos (Republicanos) e Waguinho da Santa Luzia (Cidadania). Os vereadores Betinho Neves (PV), João Antunes Bano (Podemos) e Tatiane Lopes (Podemos) foram favoráveis.
De acordo com o parecer do procurador Geral da Câmara, Valmir Caetano, o presidente do Legislativo, Everton Ferreira (PSD), que foi o denunciante no processo, o vereador Lemão, e as vereadoras Mariana Calsa (PL), corregedora, e Terezinha da Santa Casa (PL), relatora da Comissão de Ética, são impedidos de votar. A vereadora Isabelly Carvalho (PT), que presidiu a sessão, também está impedida de votar. O resultado da votação ressalta a complexidade do caso e levanta questões sobre o corporativismo presente no cenário político local.
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