Uma discussão acalorada marcou a participação do proprietário da empresa Forty, com um contrato anual de mais de 38 milhões de reais com a prefeitura, na Comissão de Obras da Câmara Municipal. Walter, o dono da empresa, atribuiu os problemas no cumprimento do contrato às condições climáticas, destacando a chuva e a liberação de sementes pelo mato.
Durante a audiência, o empresário argumentou que as adversidades climáticas, como chuvas intensas, contribuíram para o crescimento rápido do mato em áreas sob responsabilidade da Forty. Além disso, ele surpreendeu ao sugerir que a própria natureza, por meio das sementes dispersas, era parcialmente responsável pela situação crítica.
Outra declaração polêmica veio quando Walter defendeu a substituição de áreas verdes por cimento entre as avenidas, alegando que isso facilitaria a manutenção e reduziria os custos para a prefeitura. O comentário gerou descontentamento entre os presentes na comissão, especialmente entre os defensores do verde urbano.
O embate ficou ainda mais intenso quando o secretário de Obras, Dagoberto, contestou as alegações do proprietário da Forty. O dono da empresa insistiu que o problema era relacionado ao orçamento da prefeitura e à falta de recursos adequados para a manutenção de áreas verdes.
A polêmica se estendeu quando o prefeito foi questionado sobre o tema e afirmou de forma controvertida: "Mato não mata ninguém." A afirmação gerou reações imediatas por parte dos vereadores, com destaque para o vereador Vaguinho, que questionou tanto o secretário quanto o proprietário da Forty sobre a eficácia do contrato e a justificativa apresentada.
A discussão na Câmara Municipal revelou a complexidade e a sensibilidade do tema, colocando em xeque a gestão dos contratos públicos e a manutenção de espaços verdes na cidade. Resta aguardar os desdobramentos e as decisões tomadas diante das alegações e polêmicas apresentadas durante a audiência.
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