Uma comissão formada por síndicos se reuniu com o presidente da Câmara Municipal de Limeira, Everton Ferreira (PSD), nesta quinta-feira, 16 de novembro. Eles relatam problemas em diferentes condomínios, especialmente nas regiões do Jardim do Lago e Morro Azul. A baixa pressão na distribuição de água da concessionária foi um dos motivos apontados pelo grupo, que informou a dificuldade das unidades em encher os reservatórios. Alguns descreveram a necessidade de comprar caminhão-pipa para não deixar as famílias sem água. A demanda será encaminhada à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Prefeitura pelos serviços da BRK.
A reunião partiu de um pedido da moradora do condomínio Liberty, Luzileia de Jesus Ferreira. Essa é uma das unidades afetadas com a instabilidade no serviço de fornecimento de água. Ao lado dela, participaram o síndico do Liberty, Brunno Francisco de Souza, além de Diego Mussatto, que é síndico do Parque London, Parque Lázio e outros nove condomínios. Também estavam representados os condomínios Ouro Verde, Villaggio di Venezia e Portal do Graminha, por William Ramos; além de Renan Chinelatto, do condomínio Alfredo Guilherme Schnoor; e Graziella de Araújo Jesus, do Parque Lua Nova, Livorno, Rubi A e Liverpool. O advogado Raffael Gaudêncio acompanhou o debate.
O grupo informou que a dificuldade no acesso à água fornecida pela BRK se repete todos os anos e que há um agravamento do problema a partir dos meses de setembro e outubro. Nesse período são registradas temperaturas mais elevadas e consumo maior de água. Um dos síndicos, Diego Mussatto, explicou que o reservatório Limeirense opera há mais de 30 anos atendendo alguns desses bairros afetados e não recebeu investimentos de ampliação para acompanhar o crescimento da cidade.
Eles relataram que a diminuição na pressão das redes de distribuição de água seria uma possível manobra feita pela BRK para manter o abastecimento na cidade. Contudo, essa queda de pressão afeta diretamente o abastecimento dos reservatórios dos condomínios, que não recebem água em volume e pressão suficientes para encher. Como forma de garantir acesso das famílias à água, destacaram que é necessário comprar caminhões-pipa, cada um com custo superior a R$ 450 e R$ 650, a depender da quantidade adquirida. E criticaram que a despesa não é custeada pela BRK.
O presidente da Câmara ouviu todos os relatos e explicou sobre o funcionamento da CPI criada para investigar o Executivo sobre os serviços prestados pela concessionária dos serviços de água e esgoto, a empresa BRK Ambiental. Ele informou à moradora Luzileia e aos síndicos que a demanda será encaminhada à Comissão, para que sejam adotadas as devidas apurações e tratativas.
A CPI foi criada a partir do Requerimento de CPI Nº 5/2023, de autoria de Helder do Táxi (MDB).
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