A Polícia Civil, por meio do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), intensificou investigações em entidades assistenciais da região de Campinas e Limeira, com suspeitas de envolvimento em desvios de recursos. O caso ganhou destaque após uma operação em Bauru, onde oito pessoas foram presas sob acusações de desvios milionários na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
A investigação em Bauru, que também está relacionada ao desaparecimento e suposto assassinato da secretária executiva da entidade, Cláudia Lobo, trouxe à tona um esquema envolvendo funcionários da Apae e familiares da vítima. Segundo o delegado responsável, Glaucio Stocco, os crimes incluem peculato, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro, com cifras milionárias de recursos públicos desviadas.
Na operação, realizada na última terça-feira (3), foram cumpridos nove mandados de prisão, com oito suspeitos detidos. Entre eles estão a filha, irmã, cunhado e o ex-marido de Cláudia Lobo. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados e apreendeu celulares, computadores e outros eletrônicos na tentativa de reunir mais provas.
O impacto da investigação extrapola os limites de Bauru. Cidades como Campinas e Limeira estão sob escrutínio em operações semelhantes, que miram possíveis desvios de recursos em outras entidades assistenciais.
Reflexos Regionais
A operação lança luz sobre o uso indevido de verbas públicas destinadas a iniciativas assistenciais, despertando atenção em diversas cidades da região. As entidades sob investigação estão sendo analisadas minuciosamente por auditores e equipes policiais, que buscam identificar práticas semelhantes às ocorridas na Apae de Bauru.
Esses desdobramentos acendem um alerta sobre a necessidade de transparência e fiscalização rigorosa na administração de entidades que recebem recursos públicos, protegendo tanto os beneficiários quanto a sociedade que financia esses projetos.
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