As fortes chuvas que atingiram Limeira nos últimos dias escancararam os problemas de drenagem na região central, especialmente nos arredores do Mercado Modelo, área historicamente vulnerável a enchentes. Apesar de investimentos superiores a R$ 20 milhões em obras prometidas como solução definitiva, o cenário caótico gerou revolta entre comerciantes e moradores.
Prejuízos e Desabafos
Comerciantes registraram perdas severas. Um lojista de móveis usados relatou ter perdido sete geladeiras, arrastadas pela força da água para dentro de um reservatório. "Gastaram milhões, e a água continua invadindo nossas lojas. Quem vai arcar com o prejuízo? Foi o pior prefeito da nossa cidade!", desabafou indignado.
Outro comerciante, que elevou seu estabelecimento 45 centímetros acima do nível da rua confiando na eficácia das obras, também sofreu com a inundação. "Antes, isso não acontecia. Agora, mesmo com pouca chuva, tudo fica alagado. Parece que jogaram nosso dinheiro fora", criticou.
Além do Mercado Modelo, o Jardim Vista Alegre foi outro ponto severamente atingido, com ruas como Antônio Lucato e Vito Mastrocola tomadas pela água. A Avenida Flávio Roque da Silveira, importante via de conexão ao Jardim Ipiranga, precisou ser interditada devido ao acúmulo de água.
Revolta Popular
Os relatos evidenciam a insatisfação da população com a gestão do prefeito Mario Botion, que é engenheiro e foi eleito com a promessa de resolver os problemas estruturais da cidade. "O Centro virou um caos, e a única coisa que fazemos agora é torcer para que não chova mais", afirmou uma moradora que teve sua casa inundada.
Equipes da prefeitura trabalharam na remoção de árvores caídas e na limpeza de ruas, mas as ações não foram suficientes para conter a revolta dos moradores. "A obra foi vendida como uma solução definitiva, mas não trouxe segurança. Essa gestão não tem mais a nossa confiança", declarou outro comerciante.
O que esperar agora?
Enquanto os trabalhos de recuperação continuam, moradores e comerciantes exigem medidas mais efetivas e transparência da administração municipal para evitar novos episódios de alagamentos e prejuízos. O governo de Mario Botion segue sob pressão, e sua imagem, já desgastada, enfrenta novos questionamentos sobre a eficácia de suas obras e investimentos.
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