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Muitos brasileiros anônimos viraram grandes personalidades do conteúdo +18 e dizem faturar até R$ 200 mil por mês
Óculos Juliet, camiseta regata colada e corrente prata no pescoço. É assim que Bruno ZL, de 23 anos,
Para o jovem, o look mostra quem ele realmente é: "representa os meninos da periferia, de onde eu vim, a Vila Ema, na Zona Leste de São Paulo" — por isso o ZL no nome, aliás.
É com esse estilo "marrentinho" que Bruno, ou "Novinho Da ZL", grava seus vídeos eróticos. Considerado um dos maiores influencers +18 do país, o jovem é um dos muitos brasileiros que recorreram à venda de conteúdo adulto para ganhar dinheiro.
Ele e outros criadores ganharam espaço graças a estratégias bem pensadas, usando redes e, principalmente, o X (antigo Twitter).
A pandemia de Covid-19 e a disseminação de plataformas especializadas — como OnlyFans e Privacy — aumentaram a profissionalização da venda on-line de nudes, que hoje rende dezenas de milhares de reais todos os meses a alguns produtores. Ainda assim, esse não é um ramo para todo mundo
Como todos os criadores, os de conteúdo adulto também estão expostos a todo tipo de crítica, ainda que este seja um segmento supostamente mais liberal. Bruno, por exemplo, não se livrou de estereótipos e de preconceitos por conta do visual de "lek da ZL":
E, para quem acerta nas estratégias, não só é um trampo, é também algo que pode render muita grana. Os valores recebidos pelos produtores podem chegar a R$ 100 mil por mês, segundo João Finamor, professor de marketing digital da ESPM que acompanha esse mercado de perto.
Finamor lembra que a pornografia na internet sempre existiu. A diferença, agora, é que os próprios criadores têm autonomia e controle sobre os conteúdos publicados e sobre o dinheiro recebido.
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