Edemar Cid Ferreira, fundador e antigo controlador do Banco Santos, que protagonizou a intervenção do Banco Central nos anos 2000, faleceu neste sábado aos 80 anos, em São Paulo. O ex-banqueiro, que ficou famoso por sua coleção de obras de arte e pela extravagante mansão no bairro do Morumbi, zona oeste da capital paulista, morreu dormindo devido a problemas cardíacos. Deixa esposa e três filhos.
O empresário tornou-se figura constante nos noticiários brasileiros em 2004, quando o Banco Santos sofreu intervenção do Banco Central devido a um rombo de R$ 2,1 bilhões (valores da época) no caixa da instituição. A intervenção ocorreu em 12 de novembro daquele ano, após constatação de irregularidades, como a não observância de normas básicas, incluindo o recolhimento compulsório.
Na época, o Banco Santos era o 21º maior banco do país, e a intervenção gerou repercussões no cenário financeiro nacional. Edemar Cid Ferreira, que já era conhecido pelo seu gosto refinado pelas artes e pela construção da notória mansão no Morumbi, viu sua carreira financeira ruir diante do colapso do banco.
Seu legado é marcado não apenas pelas controvérsias financeiras, mas também pela influência no cenário artístico, sendo reconhecido como um dos maiores colecionadores de arte do Brasil. O falecimento de Edemar Cid Ferreira encerra um capítulo controverso na história financeira do país e na vida de um homem que foi notório tanto pelos seus sucessos quanto pelas suas adversidades.
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