Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) monitoraram o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2022, para tentativa de golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro nas eleições presidenciais.
A informação consta no relatório da Polícia Federal (PF) que embasou a decisão do STF de autorizar a Operação Tempus Veritatis. Agentes da PF cumprem 33 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão, além de medidas cautelares .
A PF investiga organização criminosa responsável por orquestrar uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, visando manter Bolsonaro na Presidência mesmo depois da derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Leia trecho da decisão de Moraes que autorizou operação da PF
“Conforme descrito, os elementos informativos colhidos revelaram que JAIR BOLSONARO recebeu uma minuta de Decreto apresentado por FILIPE MARTINS e AMAURI FERES SAAD para executar um Golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e ao final decretava a prisão de diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, ALEXANDRE DE MORAES e GILMAR MENDES, além do Presidente do Senado RODRIGO PACHECO e por fim determinava a realização de novas eleições.
Posteriormente foram realizadas alterações a pedido do então Presidente, permanecendo a determinação de prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições. Nesse sentido, era relevante para os investigados monitorarem o Ministro ALEXANDRE DE MORAES para executarem a pretendida ordem de prisão, em caso de consumação do Golpe de Estado.
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