Piracicaba confirma segunda morte por febre maculosa de 2023
Informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde nesta terça-feira (21). Vítima é um homem, na faixa etária de 20 a 29 anos; local da provável infecção será investigado.
A Vigilância Epidemiológica Municipal de Piracicaba (SP) confirmou, nesta terça-feira (21), a segunda morte por febre maculosa na cidade em 2023. A vítima é um homem com idade entre 20 e 29 anos, que morreu em outubro.
Segundo a prefeitura, a investigação do Local de Provável Infecção (LPI), a partir de agora, fica a cargo da equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
A primeira morte por febre maculosa na cidade foi confirmada no último dia 10 de novembro de 2023. A vítima é um homem com idade entre 30 e 39 anos, que morreu em outubro. Agora, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vai investigar o Local de Provável Infecção (LPI).
Agora, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vai investigar o Local de Provável Infecção (LPI).
Ainda em outubro, a Vigilância Epidemiológica tinha confirmado o primeiro caso positivo da doença em uma paciente do sexo feminino, também entre 30 e 39 anos, que teve sintomas em junho e se curou da doença.
Com isso, a cidade tem ao todo dois casos confirmados de febre maculosa em 2023. Em 2022 também foram dois casos e uma morte. Já em 2021, foram cinco casos confirmados, entre eles quatro mortes.
A Saúde reforça que o período de maior incidência da febre maculosa é entre junho e novembro, mas em Piracicaba, por conta do rio é necessário tomar todos os cuidados também durante a cheia, no verão.
As margens do rio atraem muitas pessoas, mas o local também é o habitat de capivaras, um dos principais hospedeiros do carrapato-estrela.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença infecciosa causada por uma bactéria transmitida através da picada de uma das espécies de carrapato (carrapato-estrela), ou seja, ela não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa pelo contato e seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças que causam febre alta. Há no estado duas espécies da bactéria causadora da doença.
Quais são os sintomas?
Conforme o Ministério da Saúde, os principais sintomas da doença são:
- Febre
- Dor de cabeça intensa
- Náuseas e vômitos
- Diarreia e dor abdominal
- Dor muscular constante
- Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés
- Gangrena nos dedos e orelhas
- Paralisia dos membros que inicia nas pernas e vai subindo até os pulmões, causando paragem respiratória
Prevenção
- Usar roupas claras
- Usar calças compridas
- Passar um elástico na calça
- Se passar em área de risco, fazer uma busca pelo carrapato e removê-lo imediatamente do corpo
Áreas onde pode ocorrer a incidência de carrapato-estrela estão demarcadas com placas de alerta — Foto: Prefeitura de Piracicaba
Regiões de risco em Piracicaba
A prefeitura aponta que mantém placas de alerta para a incidência do carrapato nas regiões consideradas de risco, que são as seguintes:
- Margens do Piracicaba, desde o bairro Monte Alegre até Artemis;
- Margens do ribeirão Piracicamirim;
- Lagoa do Santa Rita;
- Parque da Rua do Porto;
- Margem do rio Corumbataí.
A administração também afirma que toda a rede de saúde da cidade está capacitada e orientada sobre o atendimento à doença e de casos suspeitos.
A recomendação é que as pessoas que moram ou se deslocam para áreas de transmissão estejam atentas ao menor sinal de febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal e que procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença.
Como os primeiros sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, entre outras, a orientação é informar ao profissional de saúde que esteve em área de mata, floresta, fazenda, trilha e outros, onde pode ter sido picado por carrapato.
Tratamento
A febre maculosa tem cura desde que o tratamento com antibióticos específicos seja administrado nos primeiros dois ou três dias da infecção. O medicamento deve ser administrado assim que surgirem os primeiros sintomas, mesmo sem o diagnóstico confirmado, já que ele pode demorar.
Atraso no diagnóstico e, consequentemente, no início do tratamento pode provocar complicações graves, como o comprometimento do sistema nervoso central, dos rins, dos pulmões, das lesões vasculares e levar ao óbito.
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